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18-05-2005

A declaração do impacte ambiental a facada final


Paraimo - Sangalhos

Mais uma vez, não tivemos quem nos defendesse, nem mesmo aqueles que foram eleitos em 2002, nas últimas eleições autárquicas. E isso pagar-se-à caro certamente.

Chegou o veredicto final! O estudo de impacte ambiental foi aprovado.

Condicionado é certo, mas vamos ver o projecto do posto de transformação de alta tensão, instalado no Paraimo. Vamos entrar na fase da pós-avaliação ou seja a construção conforme previsto iniciar-se-á em Junho.

Ninguém conseguiu parar o projecto!

Num referendo que foi feito em Sangalhos no passado mês de Fevereiro, as cerca de 500 pessoas que disseram “NÃO”, e traduziram isso por escrito num documento que a Junta de Freguesia fez chegar às mãos do Instituto do Ambiente, não foram suficientes para bater os titulares dos prédios (cerca de 90 pessoas), que venderam quase na totalidade à REN todos os lotes necessários à implantação do projecto. Num esquema de representatividade, tendo como base um universo de 3500 eleitores em Sangalhos, temos 17% contra a instalação do projecto e somente 5% a favor. Deste modo podemos concluir: a maioria disse - somos contra!

Contudo, os titulares dos lotes fizeram o que qualquer um, - eu inclusive, se lá tivesse um lote, faria: - venderam e realizaram o seu capital. E, claro está, nos dias que correm, uma venda de património imobiliário vem sempre a calhar.

O que me custa a aceitar é a oportunidade política da opção e de quem a tomou ou permitiu que se tomasse.

Mais uma vez, e assumindo o ónus de me tornar num chato e uma pessoa que escreve somente umas coisas, tenho de salientar mais uma vez este mesmo aspecto: politicamente, foi tomada uma opção. A Câmara e a Junta de Freguesia, em minha opinião, sempre souberam do projecto e tanto é assim que, se analisarmos os titulares de alguns lotes de terreno necessários para o projecto, facilmente percebemos, quem sabia do projecto muito tempo antes de todos os outros; e por uma questão de sensibilidade social, não direi os nomes, mas eles podem ser consultados em Anadia nas finanças.

Até admito, que inicialmente este possa ter sido pensado como um projecto que seria um bom projecto para a freguesia de Sangalhos. Aceito isso. Mas como não foi assumido e defendido com clareza e ombridade, - deixou-se andar, acabámos todos por não saber muito bem o que é que aqui se vai fazer e quem é que vai ganhar com isso. Para já ganharam todos aqueles que venderam os seus lotes, o resto da população perdeu. Perdeu a qualidade de vida que tinha, garantida por uma mancha verde de fazer inveja aos nossos vizinhos.

Mais uma vez, não tivemos quem nos defendesse, nem mesmo aqueles que foram eleitos em 2002, nas últimas eleições autárquicas. E isso pagar-se-à caro certamente.

Não podemos permitir ser usados, e ao mesmo tempo mal informados.

Não podemos, ficar quietos quando os sujeitos que representam a REN, vêm a casa dos sangalhenses para negociar ou para falar, à hora do almoço ou a altas horas da noite, como se de uma acção de persuasão se tratasse, e tudo tão a correr que as pessoas nem têm tempo de pensar.

Não pode ser! A bem da coisa pública, projectos destes têm de existir. Agora, em pleno século XXI, não podemos é ser vítimas dos políticos que não olham a meios para atingir os fins e, mais grave, não se assumem perante as populações que representam. Por isto mesmo, o Presidente da Câmara do nosso município, deve assumir-se publicamente sobre este desenrolar do projecto, que vai ser implementado no Paraimo, porque até à data não o fez. E já nos basta termos sido enganados pela REN.

Estes projectos têm de ser apresentados ao povo, e com ele tem de ser discutidos. Não é só pedir-lhes o voto nas eleições e depois virar-lhes as costas. Portanto, mais responsabilização no desempenho de cargos políticos é o que se pede na Freguesia de Sangalhos e para com a Freguesia de Sangalhos.

O DIA - Declaração de Impacte Ambiental, foi uma facada final na Freguesia de Sangalhos.

Artur Domingos


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